quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

era uma vez


Deste me a mão e sorriste, seguiste em frente e levaste me contigo. Levas te me onde eu já tinha estado, contudo havia imensos pormenores que eu talvez nem tenha reparado antes, o que fazia com que nem parecesse o mesmo lugar, mas era. Quiseste ficar por lá e convidaste para que ficasse contigo. E embora já soubesse que não era a escolha correcta e que quando quisesse sair não iria ser fácil, nada fácil eu aceitei. E percorremos todo aquele lugar, e eu cai muitas vezes embora não fossem tantas como tu, mas sempre que eu caia tu pegavas em mim e levantavas me o que eu não fazia quando aocntecia o contrário. Eu queria ir mais além daquilo que já tinha ido quando estivera ali, mas tu não conhecias e querias prestar mais atenção, por vezes quando esperava por ti reparava em coisas que nunca tinha visto, mesmo assim eu queria ir passar onde não tinha passado, quando voltara tudo para trás mas desta vez sozinha. Quanto mais avançavamos mais o teu sorriso desvanecia, e muitas vezes voltávamos costas um ao outro. E depois não sei bem porque mas eras agora tu que querias ir mais de pressa, e quando eu caia tinha que me levantar sozinha, e quando tu caias eu levantava te. E era agora o meu sorriso que desvanecia enquanto o teu crescia. E quando passamos o que eu queria muito passar tu nem te apercebeste, mas eu apercebi. Até agora foste tu que me levaste mais além. Mas não avançámos assim tanto até que nos chateassemos mesmo muito e de vez , mesmo assim fora mais, o que significava que o caminho de regresso seria muito maior. Para regressar, caminhavamos em caminhos afastados, afastados o suficiente para que nem nos conseguissemos ver, e quando o quisessemos fazer implicava parar e voltar avançar, mas eu não queria faze lo, ja o tinhamos feito muitas vezes, o que tornara a viagem inicial mais comprida. Então, por vezes quando olhava para o teu lado via te a minha procura, o que me fazia andar mais de pressa, pois eu não queria mais aquele sitio, o que eu queria mesmo era sair dali, e por uns tempos nao mais voltar. No caminho encontrei muitos amigos e por um lado senti algo, talvez inveja, por querer também caminhar junto a alguém, então era dificil ve los avançar e eu a recuar. Por vezes hesitei, e encontrei alguém que recuava também, e ele de pressa se virou para avançar comigo, mas a mim custava um pouco mais, pois ele estava a recuar à muito mais tempo, e então fui me virando mesmo lentamente, e ainda me lembro ele afirmar que me ajudaria, mas quase quando estava pronta para andar veio uma rapariga que pegou da mão dele e foram se embora. E eu senti me estúpida. Mas eu não que que o sentir. Era ele. Afinal ele não passava de um desesperado e que qualquer uma servia. Então continuei a minha viagem. E talvez por ter reparado em tudo o que reparei tenha sido uma viagem curta. Ainda não cheguei ao fim, mas consigo ver a saída daqui. E sei que não falta assim tão pouco tempo.

Nada é dificil, a menos que sejamos nos a torna lo.

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